A disciplina ZOOLOGIA IV (BIO 116) oferecida pela
Universidade Federal da Bahia
Para conseguirmos alcançar este objetivo geral, os grupos de cordados são apresentados sob hipóteses de reconstrução filogenética, muitas vezes discordantes entre si, onde o discente deve procurar compreender as hipóteses subjacentes através da compreensão das “evidências” e das “vantagens adaptativas” (quando existentes) que subsidiam as propostas discutidas, num processo de construção de idéias, mais do que de simples assimilação “automatizada” do conteúdo.
A disciplina conta com leituras diversas no campo da biologia que almejam contribuir para a formação do arcabouço teórico da disciplina. Além disso, as aulas práticas de laboratório se destinam a fixar parte do conteúdo exposto nas aulas teóricas e, ao mesmo tempo, apontar estruturas morfológicas que seriam por demais entediantes numa aula teórica, assim como serem estas objetos de questionamentos sobre morfologia, embriologia e fisiologia sob a temática da evolução dos animais cordados.
Neste escopo, a disciplina necessita direcionar o estudo destes animais, sempre se preocupando em apontar essências na evolução dos grupos taxonômicos estudados, incluindo suas origens e relacionamentos de parentesco. Todavia, não constitui disciplina de anatomia comparada, ficando certamente aquém deste objetivo, já que objetiva preparar o aluno concretamente para estudos posteriores em morfologia e fisiologia animal comparada.
A disciplina de ZOOLOGIA IV está em processo de constante reformulação, ao menos na parte que me toca, e espero que possamos construir uma disciplina cada vez mais apropriada para o estudante de Zoologia dos Cordados no Curso de Ciências Biológicas. Neste escopo, vale atentar para o CURRÍCULO NOVO que está em fase de implantação. Neste novo currículo, a disciplina de ZOOLOGIA IV será substituída pela disciplina de DIVERSIDADE ANIMAL III, que manterá a estrutura básica de ZOOLOGIA IV, mas acrescentará o Filo Echinodermata, completando assim os principais grupos de Deuterostomia.
Ementa:
estudo geral da biologia, morfologia, evolução e classificação dos
Chordata, dando-se ênfase especial aos Vertebrata.
Objetivos:
1.
Discutir a evolução dos Chordata levando em conta:
1.1. as propostas mais robustas de filogenia presentes na literatura;
1.2. os cenários evolutivos elaborados a partir dos dados
paleoecológicos disponíveis.
2. Apresentar a diversidade taxonômica dos Chordata associando-a com a biologia dos principais grupos enfatizando, sempre que possível, a fauna Neotropical.
3. Abordar comparativamente aspectos da diversidade
holomorfológica dos Chordata associando-a com a biologia dos
principais grupos.
Conteúdo
Programático:
1.
Conceitos e métodos de abordagem do estudo da diversidade
biológica. Exercícios.
2. Apresentação do Filo Chordata e sua posição na filogenia dos
Metazoa.
3.
Diversidade taxonômica e holomorfológica
dos protocordados. Estudo prático de anfioxos e tunicados.
4.
Filogenia dos subfilos de Chordata e
cenários evolutivos propostos para a origem dos Craniata.
5.
Diversidade taxonômica e holomorfológica
dos vertebrados sem maxilas e filogenia dos grupos basais de
Vertebrata (“Ostracodermi” e “Cyclostomata”). Estudo da lampreia e
comparações entre amocetes e anfioxo quanto à biologia e estrutura
geral do corpo.
6.
Gnathostomata: Origem das maxilas e
nadadeiras pares. Filogenia de Placodermi e Chondrichthyes.
Principais irradiações adaptativas dos Chondrichthyes. Observação da
morfologia externa de tubarões e raias.
7.
Caracterização dos Teleostomi.
Caracterização geral dos Acanthodii. Irradiação adaptativa dos
Actinopterygii. Morfologia e diversidade dos Actinopterygii atuais.
Sarcopterygii: diversidade e caracterização sintética dos principais
grupos de peixes fósseis e viventes.
8.
A conquista do ambiente terrestre:
tectônica de placas, paleoclimas e conquista do ambiente terrestres
pelas plantas, invertebrados e vertebrados. Ecologia no Paleozóico e
origem dos Tetrapoda.
9.
Tetrapoda: sinapomorfias; principais
modificações esqueléticas para vida em terra firme (evolução das
cinturas, membros e vértebras). Caracterização geral dos primeiros
tetrápodes labirintodontes.
10.
Lissamphibia: diversidade taxonômica e
holomorfológica. Anura: sinapomorfias, aspectos adaptativos do
esqueleto para os hábitos saltatório e trepador; Caracterização da
classificação popular de sapo, rã e perereca; balanço hídrico:
aspectos e relações gerais entre morfologia externa, tegumento,
respiração, excreção, reprodução e modo de vida; caracterização da
importância dos sinais acústicos nas interações sociais e isolamento
pré-zigótico nos anuros.
11.
Surgimento e irradiação dos Amniota:
insetivoria e modificações do crânio. Estudo de crânios de Amniota
atuais: adaptações ao hábito alimentar e reconhecimento das
principais estruturas de importância filogenética.
12. Chelonia: evolução, diversidade taxonômica
e holomorfológica.
13.
Filogenia dos Diapsida.
14.
Archosauromorpha: evolução e paleoecologia
dos principais grupos Mesozóicos. Estudo morfológico dos Crocodylia.
15.
Lepidosauromorpha: evolução, diversidade
taxonômica e holomorfológica dos grupos atuais, com ênfase na
evolução do esqueleto craniano
16.
Modos de regulação térmica nos vertebrados
e origem da endotermia. Análise comparativa da diversidade
taxonômica e holomorfológica dos vertebrados endotérmicos (Aves e
Mammalia).
17.
Origem do vôo nos vertebrados.
Archaeopteryx vs. Protoavis. Análise das adaptações ao vôo em Aves
atuais.
Evolução dos Theropsida Synapsida e origem
dos Mammalia. Estudo de crânios de mamíferos neotropicais.
Referências
Bibliográficas:
AMORIM, D.S. 1997. Elementos básicos de sistemática filogenética. 2a edição. São Paulo, Ed. Holos.
Hildebrand, M. 2006. Análise da estrutura dos vertebrados. São Paulo, Atheneu Editora São Paulo.
Höfling, E. et al. 1995. Chordata: manual para um curso prático. São Paulo, Edusp.
Janvier, P. 1996.
Early
vertebrates.
Kardong, K. 2006. Vertebrates: Comparative Anatomy, Function, Evolution. 4 edition. McGraw-Hill Science/Engineering/Math.
Pough, F.H. et al. 1998.
Herpetology.
Pough, F.H.;
Janis, C.M.; Heiser, J.B.
Romer, A.S.; Parsons, T.S. 1985. Anatomia comparada dos vertebrados. São Paulo, Atheneu.
Young, J.Z. 1985.
La vida de los
vertebrados. Barcelona, Ediciones Omega.
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CALENDÁRIO
NOTÍCIAS
Setembro 16, 2014

AVISO 1: As aulas teóricas de DIVIII serão realizadas no Salão Nobre do Institiuto de Biologia da UFBA por motivos de força maior, conforme a nós explicado pela Chefia do Departamento de Zoologia da UFBA.
Nos desculpamos por quaisquer inconvenientes que possam ser atribuídos por esta medida.
Cordialmente, Marcelo Napoli.
Setembro 16, 2014

A Disciplina de Zoologia IV foi modificada no novo currículo do Instituto de Biologia da UFBA para Diversidade Zoológica III. Neste contexto, a disciplina passou a se ocupar dos Deuterostomia, não mais somente dos Chordata, além de ter reduzido a carga horária de 6h semanais para 4 horas semanais. Estas alterações, levaram à reestruturação da disciplina, a qual ainda está em fase de ajustes.
Espero que possamos realizar as adequações e que estas sejam capazes de manter a essência do que foi ZOO IV.
Saudações, Marcelo Napoli.
Setembro 03, 2011

AVISO 1: Não estarei lecionando ZOO IV no semestre de 2011.2. É a primeira vez em nove anos consecutivos que não estarei presente em sala de aula. Ao assumir a Coordenadoria de Pesquisa e Criação da Pró-Reitoria de Pesquisa, Criação e Inovação da UFBA (PROPCI) não foi possível compatibilizar todas a demandas. Estimo muito sucesso a todos e que o curso de 2011.2 seja excelente.
Saudações, Marcelo Napoli.
AVISO 2: Aulas de minha autoria disponibilizadas neste website NÃO devem ser consideradas como matéria lecionada por outros professores.
AVISO 3: Aulas ministradas por mim se encontram disponíveis neste website em "AULAS". A 'senha' para acessar certos módulos NÃO será disponibilizada no semestre 2011.2.
SUGESTÃO: visite e baixe grátis o 'Timetree of life'.
SUGESTÃO DE LEITURA: Shubin, Neil. 2008. A história de quando eramos peixes. Ed. Campus, 191 pp.
Ver detalhes em 'Aulas', 'Tema 05'. A leitura objetiva (1) integrar diversos conhecimentos que compõem o estudo da Zoologia de maneira unificada; (2) atentar para características morfológicas, fisiológicas e genéticas importantes na transição dos vertebrados de ambientes aquáticos para ambientes terrestres.